Policial militar de folga frustra assalto e elimina criminoso durante troca de tiros; investigação aponta legítima defesa
Um policial militar, que estava de folga, impediu uma tentativa de assalto e acabou matando um criminoso na Zona Sul de São Paulo. O incidente, ocorrido na última sexta-feira (6), foi registrado por câmeras de segurança e aconteceu na Rua João Zeltner, no Parque Maria Helena. De acordo com as imagens, o criminoso abordou o policial, que estava à paisana, e anunciou o assalto. Armado, o bandido tentou intimidar a vítima, mas o policial reagiu rapidamente, disparando contra o assaltante.
O criminoso, que também estava armado, chegou a disparar contra o policial, mas foi atingido pelos tiros do agente. Após ser baleado, o bandido caiu da motocicleta que utilizava para cometer o crime e, mesmo ferido, jogou a arma no chão e levantou os braços em um gesto de rendição. Apesar disso, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu após ser socorrido.
Ocorre enquanto o policial se dirigia à casa da sogra
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o policial militar estava de folga e a caminho da casa de sua sogra quando o crime aconteceu. O bandido, de 20 anos, tentou abordar o agente por volta das 10h, acreditando que poderia realizar o roubo sem dificuldades. No entanto, o policial, que estava à paisana, reagiu prontamente, neutralizando a ameaça. A troca de tiros terminou com o criminoso gravemente ferido, enquanto o policial saiu ileso e não teve nenhum pertence roubado.
Logo após o confronto, o assaltante foi socorrido e encaminhado ao Hospital do Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. A arma utilizada pelo criminoso, um revólver calibre .38, foi apreendida, assim como a motocicleta que ele usava no momento do crime. Já a arma do policial também foi recolhida para perícia, conforme os protocolos em situações de confronto.
Investigação aponta legítima defesa
O caso foi registrado no 11º Distrito Policial (DP) de Santo Amaro, que está conduzindo a investigação. As autoridades apontam que o policial militar agiu em legítima defesa, uma vez que sua vida foi diretamente ameaçada pela ação do criminoso armado. O ocorrido foi registrado como “tentativa de roubo” e “morte decorrente de intervenção policial”.
A SSP, em nota oficial, forneceu mais detalhes sobre o ocorrido: “Na manhã de sexta-feira, dia 6 de setembro, um homem de 20 anos morreu após tentar roubar um policial militar de folga, por volta das 10h, na Rua João Zeltner, no Parque Maria Helena. Ele foi baleado durante a troca de tiros e, apesar de ter sido socorrido, não resistiu aos ferimentos. A arma do policial e o revólver calibre .38 utilizado pelo assaltante foram apreendidos para perícia, bem como a motocicleta usada no crime.”
A ação do policial foi considerada dentro dos parâmetros legais de legítima defesa, uma vez que ele se encontrava em situação de risco iminente. O militar, que estava fora de serviço, agiu para proteger sua própria vida após ser abordado de forma violenta e intimidadora pelo criminoso armado.
Confronto registrado em vídeo
As imagens capturadas pelas câmeras de segurança mostram todo o desenrolar do confronto. O vídeo revela o momento exato em que o assaltante se aproxima do policial e anuncia o roubo, sem perceber que a vítima era um agente da lei. Após a rápida reação do policial, o bandido é atingido e cai ao lado da motocicleta, rendendo-se com os braços levantados, mas já gravemente ferido. A arma do criminoso é vista sendo jogada no chão antes de sua rendição.
Casos como esse reforçam o debate sobre a atuação de policiais fora de serviço e a legítima defesa em situações de confronto. O policial envolvido não sofreu ferimentos e segue prestando depoimentos como parte da investigação. A perícia deverá confirmar os detalhes balísticos, mas tudo indica que a reação do militar foi uma resposta à altura da ameaça imposta pelo criminoso.
Este episódio destaca a complexidade e o risco enfrentado diariamente pelos agentes de segurança pública, mesmo quando estão fora de serviço. A investigação seguirá sob a responsabilidade do 11º DP, com o caso já registrado como morte por intervenção policial.