Cantor é acusado de ajudar suspeitos a fugirem do país; Deolane Bezerra e sua mãe também estão envolvidas no esquema
A Justiça de Pernambuco decretou, nesta terça-feira (23), a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, investigado na Operação Integrations, que apura um esquema de lavagem de dinheiro. A decisão foi expedida pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, que acusa o artista de proteger e auxiliar dois investigados a deixarem o Brasil. O documento, revelado pela Folha de São Paulo, aponta para suspeitas de envolvimento financeiro de Lima com os suspeitos, levantando questões sobre sua própria participação nas atividades ilícitas.
De acordo com a magistrada, Gusttavo Lima, cujo nome verdadeiro é Nivaldo Batista Lima, teria facilitado a fuga de dois investigados para o exterior, utilizando sua aeronave particular. A viagem teria sido feita no trajeto Goiânia – Atenas – Kavala, na Grécia, e, na volta, o percurso incluiu escalas nas Ilhas Canárias, na Espanha, o que indica que os suspeitos podem ter desembarcado em um desses destinos. A juíza afirmou que essas ações demonstram uma “alarmante falta de consideração pela Justiça” e reforçam a gravidade da situação.
Além de Gusttavo Lima, a Operação Integrations já prendeu a influencer Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, também acusadas de envolvimento no esquema. Deolane foi detida em 10 de setembro e segue na Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco. A investigação aponta uma intensa rede de lavagem de dinheiro com ramificações internacionais, na qual o cantor e outras personalidades estariam envolvidos.
A prisão de Lima e o desdobramento das investigações colocam o cantor no centro de um dos maiores escândalos recentes envolvendo figuras públicas no Brasil. A Justiça agora aprofunda a apuração sobre as relações financeiras do artista, enquanto novos suspeitos podem surgir ao longo da operação. A defesa de Gusttavo Lima ainda não se pronunciou sobre as acusações.