Pena foi imposta por um crime cometido em 2016; empresário já acumula outras condenações, totalizando 30 anos de prisão
O empresário Thiago Brennand foi condenado pela Justiça de São Paulo a 10 anos e 6 meses de prisão por estupro, referente a um crime ocorrido em 2016. Essa é a terceira condenação de Brennand, que já está detido desde abril de 2023, somando penas que totalizam quase 30 anos de reclusão por crimes de violência contra mulheres. A decisão foi proferida pela Vara do Foro Central de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, que destacou o abuso sofrido pela vítima ao longo de um relacionamento de três semanas com o empresário.
A vítima conheceu Brennand por meio do Instagram, e o que parecia ser um encontro consensual rapidamente se transformou em um relacionamento abusivo. De acordo com o Ministério Público, a mulher tentou se afastar do empresário após perceber seu comportamento agressivo. No entanto, Brennand reagiu de forma violenta, intensificando os abusos. Ele chegou a gravar os atos sexuais sem o consentimento da vítima e a ameaçou, dizendo que divulgaria os vídeos caso ela não continuasse a manter relações com ele. Esse padrão de manipulação e controle foi um dos principais fatores que levaram à sua condenação.
Essa sentença se soma a outras duas condenações de Brennand. Em outubro do ano passado, ele foi sentenciado a 10 anos e 6 meses de prisão por estuprar uma mulher americana, embora essa pena tenha sido reduzida posteriormente para 8 anos e 6 meses. Já em janeiro deste ano, Brennand foi condenado a mais 8 anos de prisão em outro processo, onde uma massoterapeuta o acusou de forçá-la a ter relações sexuais sem proteção. No total, ele enfrenta nove processos criminais.
Apesar de todas as evidências e das múltiplas condenações, Brennand continua negando as acusações. Sua defesa declarou que os “tempos são sombrios” para a proteção de seus direitos, sugerindo que o empresário é vítima de perseguição judicial.
O caso de Thiago Brennand tem gerado grande repercussão no Brasil, trazendo à tona debates sobre violência de gênero e a impunidade em crimes contra mulheres. A condenação reforça a importância da denúncia e da ação judicial em casos de abuso sexual e violência doméstica.