Em meio ao aumento da violência no Oriente Médio, a Força Aérea Brasileira segue com os esforços de repatriação de cidadãos brasileiros residentes no Líbano
A Operação Raízes do Cedro, conduzida pela Força Aérea Brasileira (FAB), segue com a missão de repatriar cerca de 500 brasileiros por semana, em meio à intensificação das operações militares israelenses na região. A estimativa é que 20 mil brasileiros morem atualmente no Líbano, e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) contabiliza cerca de 3 mil que manifestaram desejo de deixar o país. O próximo grupo de repatriados deve chegar ao Brasil na terça-feira (8), às 10h, conforme afirmou o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno.
Neste domingo (6), um avião KC-30 da FAB, parte da operação de resgate, decolou da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, às 14h12, com destino a Beirute, no Líbano, levando a bordo não apenas a equipe de resgate, mas também doações do governo brasileiro ao país árabe. O carregamento inclui 20 mil seringas com agulhas e 4 mil agulhas individuais, destinados a apoiar o sistema de saúde libanês, que também sofre com a crise regional. O voo fará uma escala em Lisboa antes de seguir para o destino final.
Este é o segundo voo de repatriação desde o início da Operação Raízes do Cedro. Na manhã deste domingo, os primeiros 229 brasileiros repatriados chegaram à Base Aérea de São Paulo, onde foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, Lula criticou duramente as ações militares de Israel, condenando a morte de civis, incluindo mulheres e crianças, e reiterou o compromisso brasileiro com a paz, afirmando que “a guerra só destrói, e o que constrói é a paz”.
A Operação Raízes do Cedro reflete o esforço contínuo do governo brasileiro em garantir a segurança de seus cidadãos no exterior, especialmente em zonas de conflito. Com o apoio da FAB, as próximas semanas devem ver a chegada de mais brasileiros de volta ao país, enquanto o governo trabalha para manter o ritmo da repatriação e continuar oferecendo suporte humanitário àqueles que permanecem no Líbano.