Indicado por Lula, economista assume o cargo em janeiro de 2025 com mandato até 2028
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (8) a indicação de Gabriel Muricca Galípolo para assumir a presidência do Banco Central do Brasil, com um mandato que se estende de 2025 a 2028. A votação, realizada em segredo, resultou em 66 votos a favor e apenas 5 contra, sem nenhuma abstenção. Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de Política Monetária do BC, deve iniciar suas atividades em 1º de janeiro, sucedendo o atual presidente Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no final deste ano.
Antes da votação no plenário, Galípolo foi submetido a uma sabatina de quatro horas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde obteve aprovação unânime, com 26 votos favoráveis. Durante a sessão, o economista foi amplamente elogiado pelos senadores, que abordaram questões cruciais relacionadas à autonomia do Banco Central e à possível interferência do governo em sua atuação. Galípolo reafirmou seu compromisso com a independência da autarquia e negou qualquer tipo de pressão por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A nova presidência do Banco Central marca a primeira troca de comando desde a implementação da autonomia operacional da instituição, que foi decretada em 2021. Galípolo, com 42 anos, traz uma vasta experiência acadêmica e prática. Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o economista também atuou como professor e consultor em importantes instituições, além de ter exercido cargos significativos na administração pública.
Antes de sua indicação, Galípolo passou por diversos desafios na carreira, incluindo a presidência do Banco Fator e a secretária-executiva do Ministério da Fazenda no início da gestão do ministro Fernando Haddad. Sua nomeação e a aprovação pelo Senado demonstram um alinhamento com as diretrizes do governo e uma busca por estabilidade na condução da política monetária brasileira. Com a expectativa de um ambiente econômico desafiador, a liderança de Galípolo será fundamental para enfrentar os próximos desafios e garantir a efetividade das políticas monetárias.