Programa prevê investimentos de R$ 260 bilhões e alterações nas misturas de combustíveis
Nesta terça-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona a lei que cria os programas nacionais de diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano, batizados de “combustível do futuro” pelo Ministério de Minas e Energia. A iniciativa, uma das bandeiras do governo Lula em seu terceiro mandato, visa promover a descarbonização no setor de transportes e mobilidade. De acordo com a pasta, a medida pode desbloquear até R$ 260 bilhões em investimentos e evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de CO₂ até 2037.
Uma das principais mudanças trazidas pela nova legislação é o aumento da margem de mistura de etanol à gasolina, que passará de 22% para 27%, com possibilidade de chegar até 35%. Atualmente, a mistura deve ser de, no mínimo, 18% de etanol e, no máximo, 27,5%. O texto também prevê um aumento gradual na porcentagem de biodiesel misturado ao diesel, que passará de 14% para 20% até março de 2030, com um incremento de um ponto percentual a cada ano. Essas alterações são parte do esforço para reduzir a emissão de gases poluentes e tornar a matriz energética do Brasil mais sustentável.
A sanção da lei ocorrerá durante a feira Liderança Verde Brasil Expo, em Brasília, que reunirá empresas dos setores de biocombustíveis, gás e energia elétrica. O evento contará com a presença de autoridades como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A feira é uma oportunidade para discutir novas tecnologias e estratégias para a transição energética e a implementação de combustíveis mais limpos no Brasil.
Com a sanção, o governo Lula pretende acelerar a transição energética no país, alinhando-se às metas internacionais de sustentabilidade e combate às mudanças climáticas. As novas diretrizes visam não apenas melhorar a qualidade do ar, mas também estimular a economia nacional por meio do incentivo ao uso de biocombustíveis. A expectativa é que essas medidas contribuam significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, reafirmando o compromisso do Brasil com um futuro mais sustentável.