Governo avalia impactos econômicos e energéticos antes de tomar decisão final
O retorno do horário de verão em 2024 está sendo analisado pelo Ministério de Minas e Energia, que estuda a necessidade de sua reimplantação para evitar riscos de desabastecimento de energia, agravados pela seca que afeta os reservatórios do país. O ministro Alexandre Silveira destacou que a decisão será tomada com base em uma avaliação criteriosa dos impactos para os setores produtivos e para os consumidores. Segundo ele, a medida só será adotada se for considerada imprescindível para garantir o fornecimento de energia.
A seca prolongada obrigou o governo a considerar o acionamento de usinas termelétricas, que encarecem a conta de luz. No passado, o horário de verão ajudou a aliviar a demanda energética no horário de pico, por volta das 18h, ao estender o período de luz solar. No entanto, há dúvidas sobre a efetividade dessa política nos dias atuais, devido às mudanças nos hábitos de consumo de energia no país.
Silveira ressaltou que a decisão final será tomada até a próxima semana, já que o horário de verão precisaria entrar em vigor ainda em novembro para surtir efeito. O governo está monitorando o volume de chuvas no período e ponderando se o retorno do horário de verão pode ser adiado para evitar impactos negativos em setores como a indústria e o agronegócio, que já manifestaram preocupações sobre possíveis prejuízos.
Além disso, o ministro reconheceu que o tema divide opiniões no Brasil e garantiu que a medida será aplicada apenas em caso de absoluta necessidade. “Não podemos adotar uma política que mexa com a vida de todos os brasileiros sem uma justificativa imprescindível”, afirmou Silveira, reforçando que o governo está comprometido em tomar a decisão com base em dados técnicos e em consenso com os setores afetados.