Clubes como Athletico Paranaense e Corinthians cobram explicações de patrocinadores não regularizados
A ausência de várias casas de aposta da lista oficial de operadoras autorizadas a atuar no Brasil, divulgada pelo governo federal, tem gerado preocupação em clubes de futebol patrocinados por essas empresas. Um exemplo é a Esportes da Sorte, principal patrocinadora do Corinthians e do Athletico Paranaense, que não apareceu na lista atualizada. A empresa afirma que cumpriu todas as exigências da portaria 1.475/2024 e culpa o Ministério da Fazenda por um erro, ressaltando que já solicitou a retificação junto à Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA).
Diante da situação, o Athletico Paranaense solicitou a suspensão temporária do patrocínio e exigiu explicações da Esportes da Sorte. A marca, que também patrocina clubes como Bahia, Grêmio, Ceará e o time feminino do Palmeiras, afirma aguardar um retorno oficial do governo para regularizar sua operação e manter os contratos com os times.
Outro nome em evidência é a Vai de Bet, antiga patrocinadora do Corinthians. A marca, que rescindiu unilateralmente seu acordo de R$ 360 milhões com o clube paulista, está sob investigação da Polícia Civil de Pernambuco em uma operação que apura um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais. Embora tenha sido credenciada via Loterj, no Rio de Janeiro, sua inclusão na lista oficial de casas autorizadas não ocorreu até o momento.
Outras casas de aposta que patrocinam clubes da Série A e B também estão fora da lista, como Stake, Betvip, Dafabet e Reals, impactando times como Juventude, Sport, Guarani e Coritiba. A Reals informou que entrou em contato com o governo federal para regularizar sua situação e espera uma resposta formal do Sistema de Gestão de Apostas (SIGAP), garantindo que já cumpriu todos os requisitos exigidos. A incerteza pode afetar o patrocínio de vários clubes a partir de 11 de outubro, quando as empresas não autorizadas terão de cessar suas operações no país.